Feira de Fotografia de São Paulo
[JK Iguatemi]
23 a 27 de agosto de 2017
Poder e Sufocamento
Curadoria de Isabel Amado
[MIS – Museu da Imagem e do Som]
15 de agosto a 10 de setembro de 2017
A coleção de arte da Fundação Marcos Amaro (FMA) foi criada em 2008, e já no ano seguinte a fotografia passou a fazer parte do acervo. Ao longo das últimas duas décadas, a fotografia alcançou um espaço até então exclusivo da pintura, da gravura, da escultura e do cinema. Ainda assim, no Brasil, são raros os colecionadores que se dedicam à fotografia contemporânea, e iniciativas como essa indicam uma singular percepção da presença determinante da vertente fotográfica no universo das artes visuais.
A mostra Poder e Sufocamento é um recorte do conjunto de obras que compõem o acervo da FMA e tem como ponto de partida e inspiração as fotografias de Carlos Vergara e Pedro David, numa proposição de que o retrato dos três homens (carnavalescos do bloco Cacique de Ramos, no Rio de Janeiro) com a palavra escrita à mão, no peito, seja um grito, aparentemente tosco, cansado, mas que é um alerta do que é o estado de “poder” neste país. Mesmo à margem, a vontade de potência é inerente ao ser humano.
Na fotografia de Pedro David da série Sufocamento, uma única árvore de espécie nativa sobrevive num reflorestamento de eucaliptos, plantados exclusivamente para alimentar fornos das siderúrgicas. Aí o que é sufocado sobrevive ao revés da circunstância.
O norte do pensamento que essas imagens suscitam é a palavra poder no sentido de potência e liberdade, e a palavra sufocamento como antagonismo. O poder sufocado e o desejo de potência frustrado pela condição do mundo contemporâneo.
A exposição de vinte fotografias no “nicho”, um buraco aberto em uma parede, aqui se comunga com a intenção de abrir não um buraco, mas uma zona para se refletir sobre a condição humana e o lugar em que vivemos.
O colecionismo de fotografia no Brasil é extremamente recente e essa mostra é uma forma de aproximar o público da fotografia não só como um objeto de desejo, mas, sobretudo, como ponto de partida para o conhecimento do mundo, da história da arte e da condição humana.
[Texto de Isabel Amado]
Artistas participantes:
Armando Prado
Bruno Veiga
Carlos Vergara
Cássio Vasconcellos
Claudio Edinger
Coletivo Garapa
Iatã Cannabrava
João Farkas
Julio Bittencourt
Luiz Garrido
Marcel Gautherot
Marlene Bergamo
Nelson Kon
Pedro David
Tuca Vieira
Catálogo da exposição
clipping selecionado
Poder e Sufocamento no MIS-SP
FHOX
[Exposições]
15 de agosto de 2017
Parte da coleção de fotografias da Fundação Marcos Amaro (FMA) ganha mostra em São Paulo
Desde que criou a Fundação que leva seu nome, em 2012, Marcos Amaro tem como objetivo levar a arte para todas as camadas da população, tanto por meio de suas produções artísticas como pelo acervo. A partir do dia 15 de agosto, parte de sua coleção de fotografias será apresentada pela primeira vez na exposição Poder e Sufocamento, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo.
Para selecionar 22 das mais de cem que compõem este acervo, Isabel Amado assina a curadoria. “É importante disponibilizar o acesso a esse conjunto que representa grande parte da produção contemporânea e que faz pensar sobre uma visão humanista das cidades”, afirma.
A primeira fotografia adquirida por Amaro, Mundo Injusto, de Luiz Garrido, foi também uma das três que norteou o recorte que a curadora propõe. Junto dela uma de Carlos Vergara e outra de Pedro David, que dão título à exposição. “Queremos induzir essa reflexão: Como lidar com esses dois estados, de poder e sufocamento?”, diz ela. Formando a narrativa visual entram então os fotógrafos: Armando Prado, Bruno Veiga, Cássio Vasconcellos, Claudio Edinger, Coletivo Garapa, Iatã Cannabrava, João Farkas, Julio Bittencourt, Marcel Gautherot, Marlene Bergamo, Nelson Kon e Tuca Vieira.
Amaro começou a colecionar fotografia em 2010 com o projeto “Trecho 2.8”, que tinha por objetivo resgatar a autoestima de adultos em situação de rua por meio da arte. “Aquele olhar deslocado que denunciava total vulnerabilidade social me chamou a atenção para a força que a fotografia podia ter como instrumento político de liberdade em deflagrar a opressão”, conta o colecionador. A partir daí, conheceu os trabalhos de artistas contemporâneos que dialogavam com essa questão estética e existencial.
A fotografia da favela de Paraísopolis, de Tuca Vieira, por exemplo, coloca em primeiro plano o contraste entre duas realidades: os prédios com piscinas e quadra de tênis e a comunidade, logo à frente. Repercutida no mundo todo, nem sempre com os créditos devidos ao autor, Tuca disse: “Essa foto talvez me faça atingir o que deveria ser o grande objetivo de um artista: provocar uma reflexão sobre o mundo e não sobre a obra e seu autor”. E essa talvez seja a melhor explicação também para se colocar um acervo “para passear”. “Minha maior intenção é demonstrar a potência do acervo fotográfico deflagrando espaços que tentam oprimir e diminuir a liberdade do indivíduo”, completa Amaro.
MIS exibe acervo da Fundação Marcos Amaro
Destak
[Diversão & Arte]
15 de agosto de 2017
Poder e Sufocamento | MIS
Dasartes
[Agenda]
15 de agosto de 2017
Parte da coleção da Fundação Marcos Amaro (FMA) será apresentada pela primeira vez com curadoria de Isabel Amado e fotógrafos como Cássio Vasconcellos, Iatã Cannabrava, João Farkas, Julio Bittencourt, Luiz Garrido, Marcel Gautherot, Pedro David e Tuca Vieira
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Desde que criou a Fundação que leva seu nome, em 2012, Marcos Amaro tem como objetivo levar a arte para todas as camadas da população, tanto por meio de suas produções artísticas como pelo acervo. A partir do dia 15 de agosto, parte de sua coleção de fotografias será apresentada pela primeira vez na exposição Poder e Sufocamento, no MIS – Museu da Imagem e do Som, instituição da Secretaria da Cultura do Estado São Paulo, com entrada gratuita.
Para selecionar 22 das mais de 100 que compõem este acervo, Isabel Amado assina a curadoria. “É importante disponibilizar o acesso a esse conjunto que representa grande parte da produção contemporânea e que faz pensar sobre uma visão humanista das cidades”, afirma.
A primeira fotografia adquirida por Marcos, Mundo Injusto, de Luiz Garrido, foi também uma das três que norteou o recorte que a curadora propõe. Junto dela uma de Carlos Vergara e outra de Pedro David, que dão título à exposição. “Queremos induzir essa reflexão: Como lidar com esses dois estados, de poder e sufocamento?”, diz ela. Formando a narrativa visual entram então os fotógrafos: Armando Prado, Bruno Veiga, Cássio Vasconcellos, Claudio Edinger, Coletivo Garapa, Iatã Cannabrava, João Farkas, Julio Bittencourt, Marcel Gautherot, Marlene Bergamo, Nelson Kon e Tuca Vieira.
Poder e Sufocamento no MIS
arte|ref
[Eventos]
15 de agosto de 2017
Mostra Poder e Sufocamento reúne acervo de fotografias contemporâneas no MIS
Parte da coleção da Fundação Marcos Amaro (FMA) será apresentada pela primeira vez com curadoria de Isabel Amado e fotógrafos como Cássio Vasconcellos, Iatã Cannabrava, João Farkas, Julio Bittencourt, Luiz Garrido, Marcel Gautherot, Pedro David e Tuca Vieira
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Desde que criou a Fundação que leva seu nome, em 2012, Marcos Amaro tem como objetivo levar a arte para todas as camadas da população, tanto por meio de suas produções artísticas como pelo acervo. A partir do dia 15 de agosto, parte de sua coleção de fotografias será apresentada pela primeira vez na exposição Poder e Sufocamento, no MIS – Museu da Imagem e do Som, instituição da Secretaria da Cultura do Estado São Paulo, com entrada gratuita.
Para selecionar 22 das mais de 100 que compõem este acervo, Isabel Amado assina a curadoria. “É importante disponibilizar o acesso a esse conjunto que representa grande parte da produção contemporânea e que faz pensar sobre uma visão humanista das cidades”, afirma.
A primeira fotografia adquirida por Marcos, Mundo Injusto, de Luiz Garrido, foi também uma das três que norteou o recorte que a curadora propõe. Junto dela uma de Carlos Vergara e outra de Pedro David, que dão título à exposição. “Queremos induzir essa reflexão: Como lidar com esses dois estados, de poder e sufocamento?”, diz ela. Formando a narrativa visual entram então os fotógrafos: Armando Prado, Bruno Veiga, Cássio Vasconcellos, Claudio Edinger, Coletivo Garapa, Iatã Cannabrava, João Farkas, Julio Bittencourt, Marcel Gautherot, Marlene Bergamo, Nelson Kon e Tuca Vieira.
Marcos Amaro começou a colecionar fotografia em 2010 com o projeto Trecho 2.8, que tinha por objetivo resgatar a auto estima de adultos em situação de rua por meio da arte. “Aquele olhar deslocado que denunciava total vulnerabilidade social me chamou a atenção para a força que a fotografia podia ter como instrumento político de liberdade em deflagrar a opressão”, conta o colecionador. A partir daí, conheceu os trabalhos de artistas contemporâneos que dialogavam sempre com essa questão estética e existencial.
A fotografia da favela de Paraisópolis, de Tuca Vieira, por exemplo, coloca em primeiro plano o contraste entre duas realidades: os prédios com piscinas e quadra de tênis e a comunidade, logo a frente. Repercutida no mundo todo, nem sempre com os créditos devidos ao autor, Tuca disse: “essa foto talvez me faça atingir o que deveria ser o grande objetivo de um artista: provocar uma reflexão sobre o mundo e não sobre a obra e seu autor”. E essa talvez seja a melhor explicação também para se colocar um acervo “para passear”. “Minha maior intenção é demonstrar a potência do acervo fotográfico deflagrando espaços que tentam oprimir e diminuir a liberdade do indivíduo”, completa Marcos.
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Sobre a FMA
A Fundação Marcos Amaro é uma organização cultural privada sem fins lucrativos. Como missão, tem o intuito de difundir a obra do artista Marcos Amaro, incentivar a produção artística contemporânea, acessibilizar o acervo e produzir conteúdo crítico a fim de investigar e documentar os caminhos da arte. Para isso, tem um criterioso programa de exposições, o edital anual de apoio a artistas, a premiação anual de destaque para melhor produção criativa, o estímulo à pesquisa acadêmica, além da promoção de debates e projetos especiais em espaços públicos.
Mais que mil palavras
Guia Folha
[Exposições]
11 de agosto de 2017
Farkas e outros grandes fotógrafos ganham mostra gratuita no MIS
Catraca Livre
[Agenda]
11 de agosto de 2017
Direto da Fundação Marcos Amaro para as paredes do Museu da Imagem e do Som (MIS), fotos de consagrados fotógrafos contemporâneos são exibidas na mostra Poder e Sufocamento, de 15 de agosto a 10 de setembro, com entrada Catraca Livre.
A exposição conta com 22 das mais de 100 fotografias que compõem o acervo da FMA, produzidas por nomes como João Farkas, Tuca Vieira e Claudio Edinger.
Obras de Luiz Garrido, Carlos Vergara e Pedro David foram escolhidas para nortear a mostra, que propõem um olhar sobre momentos de vulnerabilidade social e opressão, apresentando a força da fotografia como instrumento político de liberdade.
Entre os outros fotógrafos escolhidos para a exposição estão Armando Prado, Bruno Veiga, Cássio Vasconcellos, Coletivo Garapa, Iatã Cannabrava, Julio Bittencourt, Marcel Gautherot, Marlene Bergamo e Nelson Kon.
Talvez uma das fotografias mais icônicas é a da favela de Paraísopolis, em que Tuca Veira mostra o contraste entre duas realidades: os prédios luxuosos do Morumbi, com piscinas e quadras, e a comunidade, separadas apenas por um muro. Há mais de 15 anos, a imagem foi publicada na Folha de São Paulo e repercutida no mundo todo, e, agora, desembarca no MIS.
MSV432
Rafael Adorján
[Galeria da Gávea / Editora Madalena]
2017
Fotolivro do artista Rafael Adorján
Português / 36 páginas